Estêvão de Brito (Serpa, 1575? ~ Málaga, entre 24 de Maio e 2 de Dezembro de 1641) terá estudado, segundo Diogo Barbosa Machado, com Filipe de Magalhães, no Colégio dos Moços do Coro da Sé de Évora. A 1 de Junho de 1597 foi nomeado oficialmente Mestre de Capela na Sé de Badajoz, cargo que já ocupava desde pelo menos 8 de Fevereiro desse ano. Sob recomendação do Cabido, foi ordenado pelo Arcebispo de Évora em 1608. A 16 de Fevereiro de 1613 foi eleito, entre cinco candidatos, para o cargo de Mestre de Capela na Sé de Málaga. Aí, tal como também aconteceu quando ocupava o cargo na Sé de Badajoz, foi-lhe concedida licença durante determinado período para escrever vilancicos para o Natal e Corpo de Deus. Em Janeiro de 1618 foi-lhe oferecido o cargo de mestre da Capela Real em Madrid, que rejeitou por razões desconhecidas. Permaneceu em Málaga até à data da sua morte, ocupando os postos de Mestre de Capela, Professor dos Moços de Coro e de Compositor. A obra de Estêvão de Brito que chegou à actualidade encontra-se distribuída pelos manuscritos II, IV, VII-X e XII do Archivo Capitular da Sé de Málaga (E-Ma). Na primeira parte do catálogo da biblioteca musical de D. João IV são atribuídos a Brito 31 vilancicos para o Natal e um Tratado de Musica, entretanto perdidos.
Luís Henriques
- Laetare Jerusalem, SSATTB, ISMN 979-0-9007513-4-8 — comprar aqui
- Missa Ferialis, SATB, ISMN 979-0-9007514-5-4 — comprar aqui
- Ego dilecto meo, SSATB, ISMN 979-0-9007517-6-8 — comprar aqui
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- O Rex gloriae, dois coros SATB, ISMN 979-0-707701-64-5 — comprar aqui