Diogo Dias Melgaz (Cuba, Alentejo, 11 de Abril de 1638 ~ Évora, 10 de Março de 1700) foi admitido a 10 de Maio de 1647 como Moço de Coro na Sé de Évora, tendo como professor Bento Nunes Pegado. A 11 de Março de 1662, Melgaz é eleito para Mestre dos Moços de Coro, em 1663 para Mestre da Claustra e por volta de 1678 para Mestre de Capela, sendo na história musical da Sé de Évora o único a ocupar estes três cargos em simultâneo. Por volta de 1697 terá ficado cegado, sendo o seu discípulo Pedro Vaz Rego quem o substitui em diversas cerimónias na Sé. Contudo, o Cabido continua a pagar-lhe os três salários até Julho de 1699, indicando que Melgaz era tido em alta consideração na catedral. A obra de Diogo Dias Melgaz encontra-se distribuída pelos arquivos da Sé de Évora e da Sé de Lisboa, consistindo na sua totalidade por obras sacras. Na Biblioteca Pública de Évora encontram-se quatro vilancicos incompletos, com textos em castelhano, galego e português. Também compilou um hinário com 152 melodias, para uso da Sé de Évora, com barras e em compasso de métrica binária ou ternária. Melgaz parece ter sido o primeiro compositor da Sé de Évora a utilizar barras de compasso nas suas obras em stile antico e a escrever partes especificamente para harpa, órgão e baixo.
Luís Henriques
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